Descansar foi o objectivo que nos levou a Gavião, no
distrito de Portalegre. Como já tínhamos estado naquela zona, sabíamos
que era o local ideal para quem queria um fim-de-semana tranquilo.
A primeira imagem que nos surge quando se fala em Alentejo é
da planície com chaparros. Não obstante, nesta enorme região, de 27.000 km2, há
um mosaico de paisagens diversificadas, que vão desde a Costa Vicentina, ao Alqueva, aos
espaços urbanos... Por isso, faz sentido que o slogan que Gavião nos apresenta
seja “um Alentejo diferente”...
Escolhemos ficar na Praia do Alamal, uma praia fluvial do
rio Tejo, com uma vista esplêndida para o Castelo de Belver, para os montes em redor e para a linha
da ferroviária da Beira Baixa. Esta praia tem todas as condições, desde nadador-salvador, bar-restaurante (o chouriço assado é bom), zona de piqueniques até à possibilidade de alugar espreguiçadeiras ou fazer desportos náuticos.
Aqui é possível acampar, mediante a obtenção prévia de uma credencial de autorização passada pelo Município de Gavião. Optámos, no
entanto, pelo Alamal River Club, que se revelou uma escolha acertada. Os quartos
têm vista para o castelo de Belver e para o rio Tejo. A piscina fica
em frente ao rio, sendo possível petiscar enquanto se descansa. Experimentámos
a tosta com ananás e o bife em bolo do caco, que recomendamos.
A nossa dúvida era se seria possível percorrer o passadiço em madeira que faz a
ligação entre o Alamal e a Ponte Metálica de Belver, sempre a bordejar o
Tejo, mas não foi desta! Há três anos, quando lá estivemos, estava fechado para
remodelação. No ano passado, foi consumido pelo fogo, juntamente com 80% da área florestal de Belver, tendo estado encerrado até agora. Alvo de obras
de 300 mil euros, o passadiço reabriu no passado dia 10, segundo informação disponibilizada no site da Câmara Municipal. Aproveitem! E, se gostam de caminhar, não percam o percurso pedestre "Arribas do Tejo".
Domingo, dia 2 de Outubro, às 14h00, hora de reabertura do monumento, subimos, a
encosta íngreme rumo ao castelo e... demos com o nariz na porta... durante mais
de 20 minutos. Desistimos na altura em que ia, finalmente, abrir. Se nunca
visitaram o castelo, mesmo que sejam confrontados com algo semelhante, respirem
fundo e não desistam! Embora com a natureza ainda ferida pelos incêndios, a vista fará certamente jus à lenda que diz que o nome Belver advém da exclamação de uma princesa ao ver a paisagem em redor: «Oh meu pai, que belo ver!».
Até eu fiquei prontíssima, depois de ver as vossas magníficas fotos!
ResponderEliminarBeijinhos!
Muito obrigada pelo comentário. Vamos?
ResponderEliminar