30.10.19

Ponte de Lima mostra jardins efémeros


O Festival Internacional de Jardins é um evento imperdível da agenda cultural de Ponte de Lima, que decorre durante cinco meses, junto ao rio Lima. “Jardins do Fim do Mundo” foi o tema que, na edição deste ano, a 15.ª, inspirou os artistas, designers, jardineiros e arquitectos paisagistas, sendo os vencedores oriundos de nove países.


Estes 11 jardins efémeros, a que se junta o vencedor do ano passado e as criações das escolas, ainda podem ser vistos amanhã, dia 31 de Outubro, das 10h00 às 18h00:

Jardim da Amizade (China)



Jardim de Microclimas (Holanda) – Vencedor de 2018



Paraíso Esquecido (Áustria)



Atrás da Reflexão (República Checa)



Mirabilia (Itália)



Utopia | Metamorfose | Distopia | Utopia (Alemanha)



Astrolabium (Brasil)



Antiquum et Aeternum (Espanha)



Jardim Vertigem (ir)reversível (Portugal)



Fim do mundo, Princípio de Tudo (Argentina)



Jardim de Ilusões (Portugal)



Jardim sem Fim (Itália)



Jardins das Escolinhas (Ponte de Lima)





A edição de 2020 já está em marcha, decorrendo até 15 de novembro o prazo para as inscrições. “A Religião nos Jardins” é o tema da 16.ª edição.


O projeto “Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima” valeu à autarquia a nomeação para os prémios “Municípios do Ano Portugal 2019”, promovidos pela plataforma UM-Cidades, da Universidade do Minho, na categoria Norte, para concelhos com mais de 20 mil habitantes. Os resultados vão ser conhecidos no próximo dia 15 de novembro, em Arouca.




29.10.19

Viagem pelos vinhos e queijos de Espanha

Uma viagem pelos vinhos e queijos de Espanha foi a proposta de uma masterclass que decorreu no espaço Gourmet Experience do El CorteInglés de Lisboa. Através dos vinhos da Casa Rojo e dos queijos da Quesería La Antigua de Fuentesaúco foi possível percorrer os paladares do país vizinho, numa sessão memorável, que também vai decorrer no El Corte Inglés de Gaia.


A masterclass foi conduzida por Fran Hidalgo (director de comunicação e escanção da Casa Rojo), Sara Peñas Lledó (especialista em vinhos, autora do projecto La Vida Iberica) e Jose Cano (director comercial da Quesería La Antigua de Fuentesaúco).


Esta iniciativa permitiu ficar a conhecer a Casa Rojo, um projecto que surgiu em 2010 pelas mãos de José Luis Gómez e Laura Muñoz. Com sede em Paraje de La Raja, Jumilla, na região de Múrcia, a empresa tem vinhos de nove regiões vínicas espanholas, trabalhando sempre com uvas autóctones.


Assim, a prova começou com “El Gordo del Circo”, um vinho feito com uvas de Olmedo (Valladolid), onde o Verdejo (Verdelho) expressa todo o seu carácter. A vindima é feita para caixas de 12 quilos, de forma manual, para evitar estragar as uvas deste DO Rueda, traduzindo a aposta na qualidade que é timbre da Casa Rojo. Com uma produção entre 50 a 56 mil garrafas, este branco tem um rótulo termo-sensível que muda de cor se o vinho estiver muito quente.


Seguiu-se “The Orange Republic”, feito com Godello (Gouveio) proveniente de vinhas com mais de 30 anos da zona de Petín, Ourense. Este vinho da DO Valdeorras tem uma produção limitada que se cifra entre as 12 e 14 mil garrafas.


O terceiro vinho apresentado foi o “Ladrón”, feito com uvas de vinhedos com 130 anos de Mencía (Jaen), localizados em Parandones. São postas no mercado entre 10 e 11 mil garrafas deste vinho da DO Bierzo.


«Um vinho complexo» é a forma como a Casa Rojo define o “Invisible Man”, o DO Rioja que se seguiu, feito com Tempranillo (Aragonez) proveniente de vinhas velhas de Fonzaleche. A produção ascende a cerca de 33 mil garrafas.


A quinta proposta foi o “Alexander The Great”, um vinho DO Ribera del Duero composto por Tinta Fina (85%), Cabernet Sauvignon, Malbec e Merlot, com uvas oriundas de Aranda de Duero. A produção cifra-se na ordem das 50 mil garrafas.


O último vinho a ser provado foi o “MachoMan”, um monovarietal Monastrell (Mataró) de Paraje de La Raja (DO Jumilla), com uma produção de 130 mil garrafas.


Estes néctares harmonizaram com os queijos da Quesería La Antigua de Fuentesaúco, como diferentes texturas, sabores e aromas. Destaque para um soberbo queijo de ovelha coberto com peles e grainhas de uva, numa viagem onde também houve queijos com trufas, brandy e pimentas.









Esta foi uma excelente oportunidade para ficar a conhecer um pouco da riqueza vínica de Espanha, numa masterclass que se vai repetir no El Corte Inglés de Vila Nova de Gaia. 


Entretanto, para a semana, vai haver a possibilidade de se continuar a descobrir os vinhos de “nuestros hermanos”, no âmbito da International Sherry Week, com iniciativas preparadas por Sara Peñas Lledó (La Vida Iberica), de que vamos falar noutro post. Não perca!


28.10.19

Festival abre jardins de Lisboa


O festival Jardins Abertos convida a descobrir espaços de Lisboa que normalmente se encontram “escondidos” atrás de portões fechados ou dos quais nem nos lembramos no corrupio do dia-a-dia. A primeira Edição de Outono realizou-se este fim-de-semana, com mais de duas dezenas de jardins públicos e privados abertos ao público.


Na Edição de Primavera, de que falámos neste post, ficámos com pena por não termos conseguido ver o Cemitério Britânico, junto ao Jardim da Estrela, por isso este espaço estava no topo das nossas prioridades.  


À partida pode parecer mórbido querer visitar um cemitério, mas quem for ao Cemitério Britânico vai perceber que este é um lugar de respeito, história e arte, que merece ser visto, sendo o horário de abertura aos dias de semana, das 10h30 às 13h00.

O cemitério surge na sequência de um tratado assinado em 1654 entre os governos de Oliver Cromwell e de D. João IV, havendo a indicação de que o primeiro enterro ocorreu em 1724. Desde essa altura, já foram sepultadas cerca de 2.500 pessoas, incluindo o autor britânico Henry Fielding.

As campas, algumas das quais remetem para a vida das pessoas ali sepultadas, com espadas, canhões, livros e até harpas esculpidas em cruzes, estão enquadradas por um belo jardim, com árvores enormes e vegetação que nesta época do ano apenas exibe algumas flores coloridas. No recinto existe também a igreja de Saint George, construída e consagrada em 1889, onde se reúne a comunidade anglicana.

Imensamente gratos por nos terem deixado visitar este local, apesar de termos chegado para além da hora de fecho, seguimos a pé até ao Tribunal Constitucional, cujo jardim também estava de portas abertas. Depois da visita a um lugar tão marcante como o Cemitério Britânico, este jardim não nos impressionou tanto, embora seja um belo espaço, que emoldura o Palácio Ratton.


Na Edição de Outono só conseguimos visitar estes dois locais, mas remendamos também o Centro Ismaili de Lisboa, que tivemos o privilégio de visitar noutra ocasião, que inclui jardins interiores e exteriores. O amplo jardim exterior é composto por quatro zonas (Jardim dos Pinheiros, Jardim dos Frutos, Jardim dos Jacarandás e Jardim das Oliveiras).


Veja mais fotos na página do Sempre Prontos para Passear no Facebook.