Uma
viagem pelos vinhos e queijos de Espanha foi a proposta de uma
masterclass que decorreu no espaço Gourmet Experience do El CorteInglés de Lisboa. Através dos vinhos da Casa Rojo e dos queijos da
Quesería La Antigua de Fuentesaúco foi possível percorrer os
paladares do país vizinho, numa sessão memorável, que também vai
decorrer no El Corte Inglés de Gaia.
A
masterclass foi conduzida por Fran Hidalgo (director de comunicação
e escanção da Casa Rojo), Sara Peñas Lledó (especialista em
vinhos, autora do projecto La Vida Iberica) e Jose Cano (director
comercial da Quesería La Antigua de Fuentesaúco).
Esta
iniciativa permitiu ficar a conhecer a Casa Rojo, um projecto que
surgiu em 2010 pelas mãos de José Luis Gómez e Laura Muñoz. Com
sede em Paraje de La Raja, Jumilla, na região de Múrcia, a empresa
tem vinhos de nove regiões vínicas espanholas, trabalhando sempre
com uvas autóctones.
Assim,
a prova começou com “El Gordo del Circo”, um vinho feito com
uvas de Olmedo (Valladolid), onde o Verdejo (Verdelho) expressa todo
o seu carácter. A vindima é feita para caixas de 12 quilos, de
forma manual, para evitar estragar as uvas deste DO Rueda, traduzindo
a aposta na qualidade que é timbre da Casa Rojo. Com uma produção
entre 50 a 56 mil garrafas, este branco tem um rótulo termo-sensível
que muda de cor se o vinho estiver muito quente.
Seguiu-se
“The Orange Republic”, feito com Godello (Gouveio) proveniente de
vinhas com mais de 30 anos da zona de Petín, Ourense. Este vinho da
DO Valdeorras tem uma produção limitada que se cifra entre as 12 e
14 mil garrafas.
O
terceiro vinho apresentado foi o “Ladrón”, feito com uvas de
vinhedos com 130 anos de Mencía (Jaen), localizados em Parandones.
São postas no mercado entre 10 e 11 mil garrafas deste vinho da DO
Bierzo.
«Um
vinho complexo» é a forma como a Casa Rojo define o “Invisible
Man”, o DO Rioja que se seguiu, feito com Tempranillo (Aragonez)
proveniente de vinhas velhas de Fonzaleche. A produção ascende a
cerca de 33 mil garrafas.
A
quinta proposta foi o “Alexander The Great”, um vinho DO Ribera
del Duero composto por Tinta Fina (85%), Cabernet Sauvignon, Malbec e
Merlot, com uvas oriundas de Aranda de Duero. A produção cifra-se
na ordem das 50 mil garrafas.
O
último vinho a ser provado foi o “MachoMan”, um monovarietal
Monastrell (Mataró) de Paraje de La Raja (DO Jumilla), com uma
produção de 130 mil garrafas.
Estes
néctares harmonizaram com os queijos da Quesería La Antigua de
Fuentesaúco, como diferentes texturas, sabores e aromas. Destaque
para um soberbo queijo de ovelha coberto com peles e grainhas de uva,
numa viagem onde também houve queijos com trufas, brandy e pimentas.
Esta
foi uma excelente oportunidade para ficar a conhecer um pouco da
riqueza vínica de Espanha, numa masterclass que se vai repetir no El
Corte Inglés de Vila Nova de Gaia.
Entretanto,
para a semana, vai haver a possibilidade de se continuar a descobrir
os vinhos de “nuestros hermanos”, no âmbito da International
Sherry Week, com iniciativas preparadas por Sara Peñas Lledó (La
Vida Iberica), de que vamos falar noutro post. Não perca!
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