29.10.19

Viagem pelos vinhos e queijos de Espanha

Uma viagem pelos vinhos e queijos de Espanha foi a proposta de uma masterclass que decorreu no espaço Gourmet Experience do El CorteInglés de Lisboa. Através dos vinhos da Casa Rojo e dos queijos da Quesería La Antigua de Fuentesaúco foi possível percorrer os paladares do país vizinho, numa sessão memorável, que também vai decorrer no El Corte Inglés de Gaia.


A masterclass foi conduzida por Fran Hidalgo (director de comunicação e escanção da Casa Rojo), Sara Peñas Lledó (especialista em vinhos, autora do projecto La Vida Iberica) e Jose Cano (director comercial da Quesería La Antigua de Fuentesaúco).


Esta iniciativa permitiu ficar a conhecer a Casa Rojo, um projecto que surgiu em 2010 pelas mãos de José Luis Gómez e Laura Muñoz. Com sede em Paraje de La Raja, Jumilla, na região de Múrcia, a empresa tem vinhos de nove regiões vínicas espanholas, trabalhando sempre com uvas autóctones.


Assim, a prova começou com “El Gordo del Circo”, um vinho feito com uvas de Olmedo (Valladolid), onde o Verdejo (Verdelho) expressa todo o seu carácter. A vindima é feita para caixas de 12 quilos, de forma manual, para evitar estragar as uvas deste DO Rueda, traduzindo a aposta na qualidade que é timbre da Casa Rojo. Com uma produção entre 50 a 56 mil garrafas, este branco tem um rótulo termo-sensível que muda de cor se o vinho estiver muito quente.


Seguiu-se “The Orange Republic”, feito com Godello (Gouveio) proveniente de vinhas com mais de 30 anos da zona de Petín, Ourense. Este vinho da DO Valdeorras tem uma produção limitada que se cifra entre as 12 e 14 mil garrafas.


O terceiro vinho apresentado foi o “Ladrón”, feito com uvas de vinhedos com 130 anos de Mencía (Jaen), localizados em Parandones. São postas no mercado entre 10 e 11 mil garrafas deste vinho da DO Bierzo.


«Um vinho complexo» é a forma como a Casa Rojo define o “Invisible Man”, o DO Rioja que se seguiu, feito com Tempranillo (Aragonez) proveniente de vinhas velhas de Fonzaleche. A produção ascende a cerca de 33 mil garrafas.


A quinta proposta foi o “Alexander The Great”, um vinho DO Ribera del Duero composto por Tinta Fina (85%), Cabernet Sauvignon, Malbec e Merlot, com uvas oriundas de Aranda de Duero. A produção cifra-se na ordem das 50 mil garrafas.


O último vinho a ser provado foi o “MachoMan”, um monovarietal Monastrell (Mataró) de Paraje de La Raja (DO Jumilla), com uma produção de 130 mil garrafas.


Estes néctares harmonizaram com os queijos da Quesería La Antigua de Fuentesaúco, como diferentes texturas, sabores e aromas. Destaque para um soberbo queijo de ovelha coberto com peles e grainhas de uva, numa viagem onde também houve queijos com trufas, brandy e pimentas.









Esta foi uma excelente oportunidade para ficar a conhecer um pouco da riqueza vínica de Espanha, numa masterclass que se vai repetir no El Corte Inglés de Vila Nova de Gaia. 


Entretanto, para a semana, vai haver a possibilidade de se continuar a descobrir os vinhos de “nuestros hermanos”, no âmbito da International Sherry Week, com iniciativas preparadas por Sara Peñas Lledó (La Vida Iberica), de que vamos falar noutro post. Não perca!


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