29.9.18

Mosteiro de Rendufe à espera de obras

O Mosteiro de Santo André de Rendufe, no concelho de Amares, está à espera de obras de recuperação. Nos meses de Julho, Agosto e Setembro, as portas abrem-se para mostrar mais de 900 anos de  história. Aproveite a última oportunidade, este fim-de-semana, em que também há uma encenação, uma conferência e uma caminhada!


Se sente vontade de visitar um mosteiro em bom estado de conservação e com um centro interpretativo, então o local que está à procura não é seguramente Santo André de Rendufe. Este é um espaço muito interessante, rodeado por vinhedos, com pedras e talhas corroídas pelo tempo e pela incúria, que reclamam uma intervenção de fundo que faça jus à história daquela que foi uma «das principais casas beneditinas entre os séculos XII-XIV».



A brochura informativa coloca, precisamente, a tónica na longa vida do mosteiro, ao escrever «900 anos de história para descobrir». A fundação do Mosteiro de Rendufe é atribuída a Egas Paes de Penegate, de uma família da nobreza rural ligada ao Condado Portucalense, sendo que a construção será anterior a 1090.

Esse edificado medieval foi, entretanto, demolido para dar lugar a um mosteiro "moderno". A actual igreja foi construída entre 1716-1719, tendo o seu interior sido decorado com o “estilo nacional” do Barroco entre 1719-1725 e adicionados elementos Rococó entre 1755-1758. 













A capela do Santíssimo Sacramento, de estilo Pombalino, foi construída entre 1777-1780.




Com a extinção das ordens religiosas, o mosteiro foi vendido a particulares, à excepção da igreja e do claustro, abrindo caminho para a ruína das dependências monacais. O Estado comprou a ala norte do mosteiro em 2012 e tem realizado obras de consolidação. O imóvel foi inscrito na lista de imóveis a concessionar pelo Estado Português a privados, para a instalação de unidades hoteleiras.



Apesar das promessas, a intervenção de grande fôlego continua por fazer, para desespero da Associação dos Amigos do  Mosteiro de Rendufe, que não desiste da luta pela «salvaguarda, valorização, dinamização e divulgação» deste património cultural. 






Baú de (más) memórias

Não obstante a informação de que esteve em curso uma obra no espaço do aqueduto, a única diferença significativa que notámos em relação à visita anterior foi a vedação do acesso às zonas mais degradadas do imóvel.

Esta medida aumenta a segurança, tendo em conta que algumas áreas eram perigosas dada a situação de ruína, mas com a vedação os visitantes perdem a noção da intervenção descomunal que é preciso efectuar. O ano passado estava assim...






Curioso? Siga os nossos passos...

25.9.18

Serralves dá boas-vindas ao Outono



Serralves (Porto) promove, sábado e domingo, a décima edição da sua Festa do Outono. Para além de se poder apreciar a beleza do parque de Serralves, particularmente bonito nesta época do ano, a iniciativa proporciona actividades para toda a família. A programação pode ser consultada no site da Fundação de Serralves. A entrada é grátis. Veja aqui algumas imagens dos anos anteriores. 

23.9.18

Descanso para o corpo, regalo para os olhos

Descansar foi o objectivo que nos levou a Gavião, no distrito de Portalegre. Como já tínhamos estado naquela zona, sabíamos que era o local ideal para quem queria um fim-de-semana tranquilo.


A primeira imagem que nos surge quando se fala em Alentejo é da planície com chaparros. Não obstante, nesta enorme região, de 27.000 km2, há um mosaico de paisagens diversificadas, que vão desde a Costa Vicentina, ao Alqueva, aos espaços urbanos... Por isso, faz sentido que o slogan que Gavião nos apresenta seja “um Alentejo diferente”...


Escolhemos ficar na Praia do Alamal, uma praia fluvial do rio Tejo, com uma vista esplêndida para o Castelo de Belver, para os montes em redor e para a linha da ferroviária da Beira Baixa. Esta praia tem todas as condições, desde nadador-salvador, bar-restaurante (o chouriço assado é bom), zona de piqueniques até à possibilidade de alugar espreguiçadeiras ou fazer desportos náuticos. 








Aqui é possível acampar, mediante a obtenção prévia de uma credencial de autorização passada pelo Município de Gavião. Optámos, no entanto, pelo Alamal River Club, que se revelou uma escolha acertada. Os quartos têm vista para o castelo de Belver e para o rio Tejo. A piscina fica em frente ao rio, sendo possível petiscar enquanto se descansa. Experimentámos a tosta com ananás e o bife em bolo do caco, que recomendamos.




A nossa dúvida era se seria possível percorrer o passadiço em madeira que faz a ligação entre o Alamal e a Ponte Metálica de Belver, sempre a bordejar o Tejo, mas não foi desta! Há três anos, quando lá estivemos, estava fechado para remodelação. No ano passado, foi consumido pelo fogo, juntamente com 80% da área florestal de Belver, tendo estado encerrado até agora. Alvo de obras de 300 mil euros, o passadiço reabriu no passado dia 10, segundo informação disponibilizada no site da Câmara Municipal. Aproveitem! E, se gostam de caminhar, não percam o percurso pedestre "Arribas do Tejo".


Apesar de já conhecermos Belver e o seu castelo, o bichinho do “sempre prontos para passear” venceu a ideia inicial de descansar. Construído pela Ordem Militar do Hospital, a mando de D. Sancho I, o castelo terá ficado pronto em 1212. Foi durante cerca de um século a casa-mãe da Ordem dos Hospitalários. Para além do castelo, da capela de S. Brás, construída no seu interior, e das informações do centro interpretativo, a visita vale a pena pela vista que se tem lá de cima.



Domingo, dia 2 de Outubro, às 14h00, hora de reabertura do monumento, subimos, a encosta íngreme rumo ao castelo e... demos com o nariz na porta... durante mais de 20 minutos. Desistimos na altura em que ia, finalmente, abrir. Se nunca visitaram o castelo, mesmo que sejam confrontados com algo semelhante, respirem fundo e não desistam! Embora com a natureza ainda ferida pelos incêndios, a vista fará certamente jus à lenda que diz que o nome Belver advém da exclamação de uma princesa ao ver a paisagem em redor: «Oh meu pai, que belo ver!».






19.9.18

Braga lembra época áurea do Barroco

Com uma história bimilenar, Braga é fruto do legado de diferentes épocas. É precisamente para evocar um dos seus períodos áureos que começa, esta quarta-feira, dia 19, mais uma edição da iniciativa “Braga Barroca”.



Até domingo, bracarenses e visitantes, de todas as idades, são convidados a (re)descobrir a história e o património através de visitas guiadas e encenadas, concertos, animações de rua, workshops e muito mais (o programa completo pode ser consultado aqui).

Um dos epicentros desta programação é o Museudos Biscainhos
, instalado numa casa senhorial barroca. Destaque para o jardim, considerado «um dos mais ricos e completos da época barroca». Veja aqui algumas imagens deste espaço. Recorde aqui um dos espectáculos da edição de 2016.