Há mais de mil anos epicentro de uma das principais rotas
internacionais de peregrinação, Santiago de Compostela é ponto de encontro de
pessoas de todo o mundo.
O centro histórico da cidade, património cultural da humanidade desde 1985, com lojas a cada porta, é uma
autêntica babel, onde a vieira, o cajado ou a simples presença junto à catedral
parecem criar um sentimento de pertença a uma comunidade.
A história remonta
ao século IX, quando o bispo Teodomiro identificou um túmulo como sendo o do
Apóstolo Santiago Maior. O prelado foi alertado por Pelágio, que terá visto uma
estrela pousada num bosque, no local onde foi encontrado o sepulcro. O Dia de Santiago celebra-se a 25 de Julho, evocando a data do seu
martírio, o que dá mote para as festas da cidade em honra do Apóstolo.
Os percursos dos peregrinos deram origem aos Caminhos de Santiago, um extraordinário roteiro transfronteiriço que funde fé, cultura,
tradição, turismo, aventura e superação. As partes espanhola e francesa já foram
classificadas como património da humanidade, respectivamente em 1993 e 1998,
estando agora o Eixo Atlântico a trabalhar na candidatura do Caminho Português.
O quilómetro zero dos Caminhos de Santiago situa-se na Praça do Obradoiro, mesmo em frente à mais fascinante fachada da Catedral de Santiago, que
readquiriu a sua beleza depois de retirados os andaimes das obras de
requalificação.
A maior curiosidade dos peregrinos é, actualmente, o renovado Pórtico da Glória, ex-libris do românico que reabre ao público na próxima sexta-feira, até 20 de Setembro, depois da
descomunal intervenção de restauro, que durou 10 anos e custou 6,2 milhões de
euros, para dar novo esplendor à obra-prima do Mestre Mateo que representa a
história da salvação.
Chegados à catedral, os peregrinos devem abraçar o Apóstolo, venerar o seu sepulcro, confessar-se,
ir à missa do peregrino (de preferência com o “botafumeiro”)
e, ao sair da catedral pela porta sul, iniciar um novo caminho...
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