25.9.19

Quintas desvendam “segredos” do Vinho Verde


Ao beber um copo de Vinho Verde, já alguma vez se interrogou sobre o local onde é produzido e sobre quem são as pessoas que lhe dão vida? Se tiver videiras carregadas de uvas à sua frente, consegue distinguir, por exemplo, o Alvarinho do Loureiro? Conhece algum local onde se pode pernoitar rodeado de vinhedos?


Estas e muitas outras perguntas tiveram resposta no primeiro dia de portas abertas promovido pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, que decorreu no passado dia 7 de Setembro, levando mais de 1600 pessoas a nove quintas desta área demarcada, que está a comemorar 111 anos.


Nesta iniciativa, os produtores mostraram a suas vinhas, adegas e produtos, dando a conhecer os vários perfis de vinhos da região. O evento serviu também como arranque da aposta no enoturismo, como explica o presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verde, Manuel Pinheiro, neste vídeo:


Integrados numa visita promovida por esta instituição, partimos à descoberta de três produtores aderentes ao dia de portas abertas, que mostram a diversidade de oferta da região.

Saímos de autocarro do Porto em direcção a Valongo, para ficar a conhecer a Quinta das Arcas, com 200 hectares, propriedade de Esteves Monteiro.



Depois da impressionante imagem das vinhas a perder de vista, fomos até à nova sala de provas, para apreciar os Alvarinhos da propriedade, que se diferenciam pelo facto de serem oriundos de um “terroir” com solo de xisto, um vinho biológico, de 2015, feito com uvas de vinhas com 60 a 80 anos, e um vinhão. A acompanhar a prova, havia queijo da quinta e pão acabado de fazer.





A segunda paragem foi na Quinta de Maderne, em Felgueiras, com 30 hectares. Para além da produção de vinho e de kiwis, esta empresa familiar de Manuel Faria tem também a vertente turística. Actualmente, possui dois quartos, mas os projectos passam por chegar aos dez e por rentabilizar uma área de bosque, onde até há esquilos.





A acompanhar os vinhos da propriedade, os convidados puderem degustar a recriação de uma merenda das vindimas feita pelo chef Luís Portugal, da Tasca do Zé Tuga, em Bragança, distinguida pelo Guia Michelin pela relação qualidade/preço.







A última paragem foi no Monverde Wine Experience Hotel, em Amarante, com 46 quartos. A ideia inicial era criar uma estrutura para alojar os parceiros de negócios da Quinta da Lixa, mas o projeto acabou por ganhar uma dimensão tal que é o único  – e premiado –  hotel vínico da região dos Vinhos Verdes.




A unidade hoteleira tem em fase de lançamento um novo espaço, composto por 16 suites de luxo, com piscina, lareira e enoteca privativas, uma adega experimental e um túnel sensorial.




Tendo como anfitriões Óscar Meireles, responsável pela Quinta da Lixa, Miguel Ribeiro, director-geral do Hotel Monverde, e Carlos Teixeira, enólogo da Quinta da Lixa, degustámos um almoço com a assinatura do chef Carlos Silva, num espaço com vista para os vinhedos da quinta. As “estrelas” da refeição foram o Quinta da Lixa – Aromas das Castas 2018, o Alvarinho Pouco Comum 2018, o Quinta de Lixa Reserva Tinto 2015 e o soberbo Quinta da Lixa Sweet Creations.






De destacar que a ementa apresenta uma “eco sugestão”: reutilizá-la como marcador de livros. Bela proposta, com a certeza de que cada vez que virarmos a página e nos lembrarmos desta experiência vamos suspirar por mais. Na nossa agenda já está marcado o próximo dia de portas abertas da Região dos Vinhos Verde, a 5 de Setembro de 2020. Faça o mesmo, que vale a pena.


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