18.2.20

Cidade termal convida à descoberta do património e gastronomia

Localidade termal que remonta à época dos romanos, então denominada Aquis Auriense, Ourense é uma cidade galega com um centro histórico monumental, onde se pára em cada rua e praça para apreciar os inúmeros pormenores que prendem o olhar.



Fizemos um périplo rápido pela cidade aproveitando a ida ao Xantar – Salão Internacional de Turismo Gastronómico, um certame imperdível, organizado anualmente pela Expourense, onde participámos no VII Encontro de Bloggers de Gastronomia e Turismo de Espanha e Portugal, uma iniciativa que contou com o apoio da Diputación Provincial de Ourense (saiba mais aqui, aquiaqui e aqui).


A primeira imagem que fica na mente de quem chega a Ourense é a das pontes sobre o rio Minho. A mais espectacular é a Ponte do Milénio, uma obra vanguardista do arquitecto Álvaro Varela, inaugurada a 1 de setembro de 2001.


A mais histórica é, no entanto, a Ponte Velha, também chamada de Ponte Romana (dos tempos romanos conserva a base dos pilares e dos talhamares), Ponte Medieval ou Ponte Maior.


Embrenhando-se pelas ruelas, que durante a hora da siesta ficam praticamente desertas, chega-se à Catedral de San Martiño, templo românico com traços góticos, um dos ex-libris de Ourense, que merece ser visitada com tempo.





Depois de apreciar o exterior, circundado o templo, que não tem apenas uma fachada, no interior destacam-se o Altar-Mor, da autoria de Cornelis de Holanda (século XVI); o impressionante Pórtico de Paraíso, influência da escola do Maestro Mateo, que assina o famoso Pórtico da Glória da catedral de Santiago de Compostela; a Capela do Santo Cristo, que deixa qualquer um de boca aberta pelo seu esplendor; e o tesouro-museu.








Também possível subir à torre, que tem oito sinos de bronze, cada um com o seu próprio nome e a funcionar, por isso não se assuste se começarem a tocar quando estiver lá em cima. A visita completa, com audio-guia, custa 5 euros.





Segue-se para a Plaza Mayor, o coração do centro histórico, que convida a sentar numa das esplanadas para a apreciar todos os edifícios, entre os quais a Casa Consistorial, obra de Queralt, e o antigo Paço Episcopal.




Chega-se, então, às “As Burgas”, fontes de água termal que estiveram na origem da cidade. Para além da possibilidade de se poder tomar banho, aqui existe um centro interpretativo sobre a história das burgas. Se antes de ir para a “piscina” quiser experimentar a temperatura da água nas bicas ali existentes, vá com cuidado. Dizem as indicações que a água sai a mais de 60º...



Um passeio completo pela cidade tem de incluir as termas que existem junto ao rio Minho. Há um comboio turístico com partida da Plaza Mayor que faz esse circuito até Outariz. Por falta de tempo, ainda não foi desta que conseguimos fazer o roteiro das termas, mas aproveitámos para um aprazível passeio a pé junto ao rio. Para quem gosta de paisagens ribeirinhas, do Centro Comercial Ponte Vella tem-se uma vista panorâmica sobre o rio e as pontes.

Já com o sol posto, e para terminar com chave de ouro, fomos até ao Claustro de S. Francisco, considerado um dos claustros de transição entre o românico e o gótico em melhor estado de conservação da Galiza. Fixe a atenção na rica decoração dos capitéis dos 63 arcos e vai ver que encontra esculpidas nas pedras imagens surpreendentes, que vão desde a devoção até ao que alguns entendem como sendo sátira.



Para os apreciadores de gastronomia, em Ourense come-se bem. Neste âmbito, nota para o projecto muito interessante intitulado “Cocina Ourense”, apresentado no Xantar do ano passado, que une 13 de reputados chefs na valorização da gastronomia local e na afirmação de Ourense como um destino enogastronómico.






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