A 52.ª edição da AGRO – Feira Internacional de Agricultura,
Pecuária e Alimentação abriu as portas, ontem, no Altice Forum Braga (antigo
Parque de Exposições), onde decorre até domingo.
Considerada a maior feira deste sector do Norte de Portugal
e da Galiza, o certame organizado pela InvestBraga – Agência para a Dinamização
Económica conta com 25 mil m2 de exposição, onde é possível encontrar cerca de
250 expositores.
O certame apresenta um programa direccionado para a
agricultura e pecuária, com uma vasta agenda de sessões técnicas, mas também
tem propostas para toda a família.
Isto significa que mesmo quem não esteja a pensar em comprar
um tractor ou uma ceifeira-debulhadora – e note-se que há mais de 450 máquinas
e alfaias agrícolas por onde escolher –, tem actividades à sua espera.
A parte dos animais costuma ser a mais apreciada pelo
público, em especial pelas crianças. Em tendas instaladas no recinto, é
possível ver vacas (de raças minhota, cachena, barrosã, arouquesa, maronesa e
frísia), ovelhas, coelhos e galinhas.
Nesta edição, estão agendados dez concursos pecuários, com
cerca de 500 animais a concorrerem a 60 troféus. Pela primeira vez o programa
contemplou um concurso de ovelhas da raça bordaleira de Entre Douro e Minho e
churra do Minho.
A Quinta Pedagógica de Braga tem uma tenda na AGRO, sendo o
cavalo uma das atracções, a par de um insuflável em forma de vaca. Este espaço apresenta
um programa de actividades que inclui, por exemplo, o workshop “Hortas em
família” (amanhã, às 10h30 e 15h30), a apresentação do livro “A minha horta é
biológica” (amanhã, às 16h00), passeios de charrete (hoje e amanhã) e uma prova
documentada de vinho verde (amanhã, às 17h00).
No recinto da feira há uma área de restauração com sete
restaurantes que servem carne DOP – Denominação de Origem Protegida (mirandesa,
minhota, barrosã, arouquesa, maronesa, mertolenga e marinhoa) e o Salão de Alimentação,
onde é possível petiscar, com enchidos, queijos, azeites, vinhos, cervejas
artesanais e doçaria, entre outros produtos de vários pontos do país.
Quem não quiser estas opções, pode levar farnel e fazer um
piquenique improvisado, como já era possível ver ontem, apenas duas depois da
abertura da feira ao público, fazendo recordar o passado.
O leque de opções inclui ainda roulottes de pão com
chouriço, bifanas, hamburgers, cachorros quentes, kebabs, farturas, pipocas ou
gelados.
A animação musical de hoje (21h00) está a cargo de Zé Amaro
(8 euros). Amanhã (21h00) decorre o VI Momentum – Festival da Tuna de Medicina
da Universidade do Minho (5 euros). No último dia, domingo (15h00), sobe ao
palco Daniel Pereira Cristo (6 euros).
Com uma longevidade invejável, esta é uma feira emblemática,
que tem marcado várias gerações. Noutros tempos, havia quem se deslocasse de
vários pontos da região de excursão, camioneta da carreira, bicicleta ou até a
pé para participar neste evento. Iogurtes e leite achocolatado, a par dos
brindes, como os autocolantes e os calendários, faziam as delícias de pequenos
e de mais graúdos.
Intimamente ligado à evolução da agricultura em Portugal, o
certame passou por uma fase anémica, mas conseguiu renascer. Na inauguração, o
presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, considerou que o número
de expositores mostra a «vitalidade» da feira.
Por seu turno, o secretário de Estado da Agricultura, Luís
Medeiros Vieira, referiu que a AGRO traduz «a pujança do sector agroalimentar»,
destacando que a agricultura em Portugal está «mais profissional, inovadora e
orientada para o mercado».
A entrada na feira custa 3,5 euros. Nos hoje e amanhã o
horário é das 10h00 às 24h00 e domingo é das 10h00 às 20h00. Nos comboios
urbanos do Porto, o bilhete de ida e volta de Braga custa dois euros, mediante
a apresentação da entrada na AGRO. A organização espera entre 35 e 45 mil
visitantes, mas o número pode chegar aos 50 mil.
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