Fomos conhecer Paris e já contámos no post anterior os dois primeiros dias na capital francesa. Continuando a explorar a cidade, o terceiro dia da nossa viagem, que decorreu em Fevereiro, foi reservado para o Museu do Louvre. Apesar de termos adquirido previamente os bilhetes (17 euros), acordámos cedo com medo das filas. O receio tinha fundamento, porque ainda antes da hora de abertura do museu já havia um aglomerado substancial de turistas à espera para entrar.
Uma pessoa sabe que o Museu do Louvre é gigante, mas só
quando se está lá dentro é que o cérebro começa a processar o que são
quilómetros, quilómetros e quilómetros de impressionantes obras de arte para
todos os gostos.
As obras mais famosas, como a Mona Lisa, reúnem uma multidão
à sua volta, com filas de perder de vista para se conseguir tirar a foto da
praxe, mas neste museu há imensas coisas igualmente (ou até mais) interessantes
para apreciar sem perder tempo à espera...
A estratégia que seguimos foi ir ver a Mona Lisa logo no
início da visita, quando ainda estava pouca gente. Ficámos, então, com o resto
do dia para nos maravilharmos a cada nova sala onde entrávamos. Com muita pena
nossa, a parte da arte egípcia estava encerrada, pois isso... vamos ter que
voltar!
O quarto dia, começou com a visita a Notre-Dame de Paris, o
templo gótico que o mundo inteiro chora por ter sido devastado por um violento
incêndio na passada segunda-feira (15 de Abril). A entrada na catedral que
começou a a ser construída em 1163 era gratuita, mas a subida às torres era
paga (10 euros o bilhete normal ou 15 euros o bilhete conjunto com a
Conciergerie) e sujeita a marcação numa máquina localizada na parte lateral do
edifício ou através da app “JeFile”.
Mesmo que não tivesse acontecido a tragédia, este seria
sempre um ponto marcante da viagem a Paris. Tudo na catedral nos marcou, desde
o seu interior, sobretudo os fabulosos vitrais, até à subida às torres,
impressionantes pela proximidade com as emblemáticas quimeras e gárgulas e pela
vista que se tem sobre a cidade. Ainda não acreditamos que o pináculo gigante
já não existe...
A poucos metros da catedral existe
a cripta arqueológica de l’Île de la Cité (8 euros), que passa
despercebida a muitos turistas, mas que merece uma visita atenta porque nos
transporta no tempo, até ao passado de Paris. A entrada incluiu a visita à
exposição temporária “L’or du pouvoir – de Jules César à Marianne”, pensada
para ser didáctica para todas as idades.
A pouca distância de Notre-Dame, tivemos a maior surpresa de
toda a viagem: a Sainte-Chapelle (comprámos o bilhete de 15 euros com entrada
conjunta na Conciergerie), mandada construir pelo rei Louis IX para albergar
relíquias da Paixão de Cristo, estando actualmente no meio do Palácio da
Justiça.
Depois de se percorrer o espaço onde está a loja, a Chapelle
Basse, outrora usada pelos serviçais, sobe-se uma pequena escada para chegar à
Chapelle Haute (reservada à família real) e... fica-se estarrecido com a
beleza de 15 vitrais que retratam 1113 cenas bíblicas. Todas as palavras parecem
insuficientes para descrever a beleza dos vitrais e da rosácea gigante, obras
meticulosamente trabalhadas. É obrigatório ver, porque é deslumbrante.
De realçar a presença constante da Flor de Lis (símbolo da
monarquia francesa) e do castelo de Castela (símbolo da mãe de Louis IX). Na
visita a este espaço, incomodou-nos andar em cima de pavimento com elementos
decorativos a desvanecerem-se. A Sainte-Chapelle acolhe uma temporada musical,
de Março a Outubro, por isso teremos que lá voltar...
Seguimos para a Conciergerie, espaço que também fazia parte
do antigo Palácio da Cidade. A visita a este local é uma espécie de aula
de história francesa, uma vez que ali funcionou uma prisão, onde esteve Marie
Antoinette antes de ser executada. Se tiver de fazer opções por causa da falta
de tempo, tem monumentos mais interessantes do que este para visitar.
Um dos momentos mais aguardados por quem está pela primeira
vez em Paris é o passeio de barco pelo rio Sena (os bilhetes da
Sainte-Chapelle, Conciergerie, Notre-Dame, Panthéon e Castelo Vincennes dão um
desconto de dois euros nos barcos Les Vedettes du Pont-Neuf, sendo que os
bilhetes do barco também dão direito a descontos nas entradas dos monumentos).
Para além de se ver Paris numa perspectiva diferente, esta viagem permite ficar
a conhecer algumas curiosidades sobre a cidade. A repetir, mas para a próxima
vez de noite.
A parte final da tarde e início da noite foi aproveitada
para sentirmos o pulsar da cidade, deambulando sem pressas pelas ruas, num
percurso que nos levou a locais como Les Halles e Pigalle (onde fica o
conhecido Moulin Rouge).
Veja as fotos na nossa página no Facebook. Amanhã contamos o resto da viagem...
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