Quando estamos em viagem, o tempo voa. Sem darmos conta, chegámos
ao quinto e último dia em Paris. Deixámos para o fim um “peso pesado” da cidade:
o Museu d'Orsay (14 euros). Acordámos cedo, fizemos o nosso passeio pela margem
do Sena, apreciando as pontes sem a habitual multidão, e conseguimos ser dos
primeiros de uma fila que foi engrossando à medida que a hora da abertura se
aproximava.
Instalado numa antiga estação de comboios, este museu tem
uma importante colecção impressionista. O Museu d'Orsay é, basicamente, o
paraíso da terra para apreciadores de nomes como Manet, Monet,
Renoir, Cézanne, Van Gogh ou Gauguin (o Miguel é um deles).
Para os mais curiosos, sim, é verdade, é este o museu que
alberga a polémica obra “A origem do mundo”, de Gustave Courbet, quando esta
não está em itinerância (como aconteceu aquando da nossa visita).
Reserve bastante tempo para esta visita, uma vez que a manhã que nós lhe dedicámos soube a muito pouco.
Reserve bastante tempo para esta visita, uma vez que a manhã que nós lhe dedicámos soube a muito pouco.
Depois do deleite com as obras de arte, veio um dos prazeres
mais sublimes de Paris, os crepes, que comemos todos os dias, sempre comprados
no mesmo sítio, na rua de la Huchette, em pleno coração do Quartier Latin, e uns
momentos numa esplanada com vista para Notre-Dame, imagem que guardaremos para
sempre na memória.
A viagem não poderia ter terminado melhor do que com o
ansiado reencontro com uma querida amiga de longa data e com o maravilhoso
almoço que nos ofereceu: moules e boeuf bourguignon, com vinho francês a
acompanhar, bolo e patisserie française. Esta foi a receita perfeita que nos
faz querer voltar para agradecer e descobrir a cidade que há para além das
atracções turísticas que vimos desta vez.
Ao longo dos dias mantivemos a impressão que Paris é uma
belíssima cidade monumental, de céu sempre rasgado pelas marcas dos aviões, em
que é fácil soltar exclamações de admiração a cada esquina.
Ao mesmo tempo, é uma urbe de tal forma turística que não
conseguimos vislumbrar o estilo parisiense no meio de tantas pessoas de todos
os cantos do mundo. Vimos, por exemplo, um número arrepiante de mulheres de sandálias,
sem meias, com temperaturas próximas dos zero graus...
Para além disso, “Paris, a cidade dos cadeados” é o epíteto
que melhor traduz a dimensão desta praga, que faz com que haja cadeados em
todos os lados, até em arbustos!
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