22.4.19

Paris dos impressionistas

Quando estamos em viagem, o tempo voa. Sem darmos conta, chegámos ao quinto e último dia em Paris. Deixámos para o fim um “peso pesado” da cidade: o Museu d'Orsay (14 euros). Acordámos cedo, fizemos o nosso passeio pela margem do Sena, apreciando as pontes sem a habitual multidão, e conseguimos ser dos primeiros de uma fila que foi engrossando à medida que a hora da abertura se aproximava.


Instalado numa antiga estação de comboios, este museu tem uma importante colecção impressionista. O Museu d'Orsay é, basicamente, o paraíso da terra para apreciadores de nomes como Manet, Monet, Renoir, Cézanne, Van Gogh ou Gauguin (o Miguel é um deles).

Para os mais curiosos, sim, é verdade, é este o museu que alberga a polémica obra “A origem do mundo”, de Gustave Courbet, quando esta não está em itinerância (como aconteceu aquando da nossa visita).

Reserve bastante tempo para esta visita, uma vez que a manhã que nós lhe dedicámos soube a muito pouco.


Depois do deleite com as obras de arte, veio um dos prazeres mais sublimes de Paris, os crepes, que comemos todos os dias, sempre comprados no mesmo sítio, na rua de la Huchette, em pleno coração do Quartier Latin, e uns momentos numa esplanada com vista para Notre-Dame, imagem que guardaremos para sempre na memória.

A viagem não poderia ter terminado melhor do que com o ansiado reencontro com uma querida amiga de longa data e com o maravilhoso almoço que nos ofereceu: moules e boeuf bourguignon, com vinho francês a acompanhar, bolo e patisserie française. Esta foi a receita perfeita que nos faz querer voltar para agradecer e descobrir a cidade que há para além das atracções turísticas que vimos desta vez.

Ao longo dos dias mantivemos a impressão que Paris é uma belíssima cidade monumental, de céu sempre rasgado pelas marcas dos aviões, em que é fácil soltar exclamações de admiração a cada esquina.

Ao mesmo tempo, é uma urbe de tal forma turística que não conseguimos vislumbrar o estilo parisiense no meio de tantas pessoas de todos os cantos do mundo. Vimos, por exemplo, um número arrepiante de mulheres de sandálias, sem meias, com temperaturas próximas dos zero graus...


Para além disso, “Paris, a cidade dos cadeados” é o epíteto que melhor traduz a dimensão desta praga, que faz com que haja cadeados em todos os lados, até em arbustos!

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